Posso até estar forçando a barra com esse título. Mas o fato é que enviei um relato do que os ciclistas de Curitiba passam por aqui a um muito provável primo meu, aficcionado por bicicletas, que vive em Los Angeles. O cara tem muita sensibilidade, como todos nós que queremos uma sociedade livre da cultura estúpida do automóvel. No site Bicycle Fixation, Richard Risemberg, postou o relato junto com duas fotos feitas pelo Óscar (Bicicleteiros) e fez um comentário muito estimulante para todos nós, que lutamos no dia-a-dia contra a ditadura motorizada. Segue o belo texto do comentário dele, que deve estar sendo lida por milhares de pessoas, com a minha tradução, que não é tão digna, mas dá pro gasto:
“Though the numbers are still small worldwide, more and more people each day are realizing that we’ve been bamboozled by car culture, whose airy delusions promoted in a million print and TV ads have metastasized into a dreary thralldom that saps the joy and strength out of our lives. Maybe thanks to Curitiba’s cyclists that town may someday actually deserve to be called an eco-city. Keep it up, folks! We’re with you!”
Tradução
“Apesar dos números serem pequenos mundialmente, mais e mais pessoas estão entendendo, a cada dia, que estamos sendo ludibriados pela cultura do carro, cuja ilusão idealista promovida em milhões de anúncios impressos e televisivos tem se metastaseado rumo a uma sombria subserviência que suga a nossa alegria e vitalidade. Talvez, graças aos ciclistas de Curitiba, aquela cidade possa um dia merecer ser chamada de cidade ecológica. Em frente, pessoal! Estamos com vocês!”
Caso o leitor esteja interessado em ler o relato e ver as fotos (o Goura Nataraj passando a fixie dele por cima de um táxi e eu pedalando na Marcha das 1001 Bikes) que enviei para o Bicycle Fixation, é só clicar aqui.
Richard Risemberg (foto), fotógrafo, escritor, consultor, poeta, ciclista e aficcionado por rodas fixas é mantenedor do site http://www.bicyclefixation.com. Ele nasceu na Argentina e vive em Los Angeles. Muito provavelmente, Richard é meu primo. A diferença em nossos sobrenomes , segundo seu pai, Leon, existe por conta de um erro de registro. Foi muito interessante encontrar esta parte da família que tem a bicicleta nas veias. Richard também tem muito em comum comigo em relação ao trabalho dele.