A polícia militar impediu que ciclistas em favor de transporte sustentável se expressassem e pedalassem livres pelas ruas, no último sábado (25/11), na Capital Ecológica do Brasil. Policiais mal preparados sacaram armas de grosso calibre, ameaçando ferir pessoas honestas e causar um grande desastre. A população em geral parece não entender mais quem é bandido e quem é policial. Em termos constitucionais, o dever da polícia é “servir e proteger”. Mas o que aconteceu neste fim de semana foi “humilhar e constranger”. Se soldados da polícia militar precisam apontar armas de grosso calibre para cicloativistas, é fácil concluir que eles não têm equilíbrio mental e responsabilidade suficiente para portar armamentos.
A Bicicletada é uma manifestação expontânea legítima e mundial que acontece mensalmente em Curitiba e vários outros países. No mês de setembro as atividades se intensificam por conta do Dia Mundial Sem Carro: uma campanha em que a população motorizada da Capital Ecológica causa vergonha mundial porque definitivamente não adere. A Bicicletada é frequentada por famílias e não bandidos. Há mulheres, crianças, idosos e até animais. O poder público, ao admitir tal aberração por parte da polícia assina seu atestado de conduta indiferente, irresponsabilidade e mentalidade ditatorial, repressiva, contra a liberdade de expressão. Acima de tudo, contra a democracia e contra ações urgentes para diminuir as emissões de CO2. Agora, pergunte a um policial desses o que é CO2.