Decidi fazer este post quando um grande amigo pediu uma dica para sua filha de 13 anos fazer um curso de fotografia. Ele estava estarrecido com as fotos que a menina fez da boneca. Achei coisa normal de pai, até eu mesmo ver as fotos. Trata-se de fotos de bonecas Pullip, inventadas pelos coreanos em 2003 e introduzidas no mercado mais fortemente pelos japoneses algum tempo depois.
Coisa de colecionador e mais que um simples brinquedo, elas realmente podem criar vida nas mãos de gente criativa, como Júlia Röehrig, que, munida de uma boa câmera e de uma sensibilidade ímpar, faz sua Pullip, batizada de Hayley, reproduzir comportamentos, sentimentos e estados de espírito dignos de quem é feito de carne e osso.
Indo muito mais longe do que os entusiastas fotógrafos de Pullips que existem no Flickr e fansites, Júlia tem um dom especial para lidar com luz e composição. Atenta a detalhes, ela transforma um canto do próprio quarto, jardim da casa onde mora ou casa da avó de forma que parecem locações em miniatura. Há outros fotógrafos de Pullips com equipamento fotográfico, fundo infinito e outras parafernalhas técnicas evidentes. Mas ninguém faz o que Júlia Röehrig, faz, aproveitando ao máximo todas as possibilidades de articulações da boneca para retratar um doce comportamento adolescente que parece ser o seu próprio, em cenas bem típicas dessa fase da vida, mas que em nada remetem a clichês.
Conheça o blog dois-em-um de Júlia clicando aqui. Posts da mãe, Júlia, e de Hayley, a boneca, se intercalam. Algumas sequências são pequenas histórias baseadas em fatos da vida de uma talvez futura roteirista-fotógrafa-estilista. É, Júlia também confecciona algumas peças que vestem Hayley.
Esquentadinho 